**Jobs aplicava a regra dos 10 minutos em situações específicas e acreditava que isso o tornava mais inteligente. Descubra o que é essa regra.**
Steve Jobs foi uma figura importante na história da tecnologia, mas também deixou lições para além desse campo. Ele costumava dizer que, se um problema se tornasse difícil, era hora de sair para uma caminhada. Segundo Walter Isaacson, biógrafo de Jobs, “fazer uma longa caminhada era sua maneira favorita de ter uma conversa séria”. Além disso, Jobs afirmou que a regra dos 10 minutos contribuiu para torná-lo mais inteligente.
Dar uma caminhada, especialmente fora do ambiente de trabalho, pode melhorar o funcionamento do cérebro, conforme apontado pela neurociência. Mithu Storoni, neurocientista formada pela Universidade de Cambridge, discutiu esse tema em seu livro “Hyperefficient: Optimise Your Brain to Transform the Way You Work”.
De acordo com evidências científicas, caminhar é benéfico para a saúde. Manter um ritmo de oito a 10 mil passos por dia traz melhorias como redução do risco de diabetes tipo 2, declínio cognitivo e demência, melhora do bem-estar mental, qualidade do sono, longevidade, função circulatória, cardiopulmonar e imunológica.
Jobs estava ciente desses benefícios. Mesmo não sendo um neurocientista, ele acompanhava parte da literatura de sua época e suas decisões muitas vezes eram baseadas em seus próprios instintos.
“Eu tenho alguns clientes e… Um CEO adotou uma regra: se ele está sentado em seu computador com um problema que não consegue resolver há 10 minutos, ele sai de sua mesa e vai caminhar”, disse Storoni.
Apesar de não ser uma estratégia útil para atividades que demandem esforço físico, o hábito de caminhar e dar uma pausa pode ajudar a acalmar os nervos, promover conexões mentais diferentes e estimular o pensamento lateral, conforme defendido por Storoni.
Jobs e a regra dos 10 minutos
Apesar de não ser especialista em neurociência, Jobs aplicava a regra dos 10 minutos. Segundo essa regra, se alguém passou os últimos 10 minutos tentando resolver um problema sem sucesso, é recomendado levantar-se e caminhar por, pelo menos, o mesmo período de tempo para proporcionar uma pausa ao cérebro.
Essa prática é eficaz porque estimula a revisitação de pensamentos antigos e evita a obsessão por uma ideia única. Como ressaltou Storoni, “você não pode ficar preso a um problema por muito tempo, pois também precisa estar atento ao ambiente ao caminhar”.
Portanto, se algo não está progredindo como o esperado, pode ser prudente parar de se culpar e sair para caminhar por 10 minutos. Em vez de perder mais tempo tentando resolver o problema sem sucesso, uma pausa pode trazer novas perspectivas.
Fonte: Minha vida
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