Equipe de diversos especialistas descobriu um sistema estelar peculiar que estabeleceu um novo recorde de período orbital externo mais curto.
O universo sempre despertou um grande interesse em nós. Sua magnitude e os mistérios que o envolvem despertam a curiosidade dos cientistas e até mesmo de leigos. Por isso, várias descobertas são realizadas, como a recente observação de um sistema estelar triplo, denominado TIC 290061484, composto por estrelas gêmeas que orbitam uma à outra a cada 1,8 dias, enquanto a terceira estrela orbita em torno das outras duas em apenas 25 dias.
Essa descoberta não foi apenas curiosa, mas também **quebrou o recorde de período orbital externo mais curto** já registrado em um sistema estelar triplo. Segundo Veselin Kostov, cientista da NASA, “Graças à configuração compacta e avançada do sistema, podemos medir as órbitas, massas, tamanhos e temperaturas das estrelas, estudando sua formação e prevendo sua evolução”.
Sistema estelar triplo
Esse sistema estelar triplo, localizado na constelação de Cygnus, o Cisne, foi detectado devido ao comportamento peculiar das estrelas, que parecem piscar. Sob a perspectiva terrestre, essas estrelas parecem quase planas, o que significa que, a partir desse ponto de vista, uma estrela pode passar na frente da outra, bloqueando a luz da estrela mais distante por um determinado período de tempo.
Através de uma ferramenta de aprendizado de máquina, os cientistas conseguiram analisar os dados do telescópio TESS, da NASA, em busca de “eclipses” que poderiam indicar estrelas se orbitando. Posteriormente, outro grupo de pesquisadores realizou uma filtragem adicional para identificar casos potenciais. Segundo Saul Rappaport, “É emocionante descobrir um sistema como este, uma vez que são raros, mas podem ser mais comuns do que os registros atuais sugerem”.
Atualmente, acredita-se que esse sistema estelar triplo seja estável, com a gravidade de cada estrela causando perturbações em suas vizinhas. Rappaport acrescenta, “Acreditamos que as estrelas se formaram juntas a partir de um mesmo processo de crescimento, o que impediria a formação de planetas muito próximos ao redor de qualquer uma das estrelas”.
Fonte: Canaltech
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