Estudo recente investiga o segredo da longevidade de alguns animais, buscando insights para que os humanos possam viver mais de 100 anos.
Todos almejamos uma vida longa e saudável, desfrutando ao máximo do tempo ao lado dos nossos entes queridos. Embora seja um feito raro, há indivíduos que ultrapassam os 100 anos de idade. A habilidade de certos animais, como o tubarão-da-groenlândia, o rato-topeira-pelado e a água-viva Turritopsis, em retardar o envelhecimento, pode fornecer importantes pistas para cientistas que buscam aumentar a longevidade humana.
Esses animais têm a capacidade de desacelerar o processo de envelhecimento, o que não os torna imortais, mas pode servir de ensinamento para os pesquisadores em busca de maneiras de prolongar a vida humana, possibilitando assim a ultrapassagem da marca dos 100 anos.
O estudo desses animais extraordinários pode proporcionar insights valiosos sobre os mistérios do envelhecimento e potenciais abordagens para ampliar a longevidade humana. Dentre os avanços promissores, destaca-se a pesquisa da substância chamada rapamicina, inicialmente um composto produzido por determinadas bactérias para evitar a ação de fungos. Estudos em cães estão sendo realizados para avaliar o potencial dessa substância em prolongar a vida.
Uma entrevista reveladora
O bilionário Nicklas Brendborg, em seu livro “As Águas-Vivas Envelhecem ao Contrário”, expressa o desejo de ultrapassar os 100 anos e até mesmo alcançar idades ainda mais avançadas. Em entrevista à revista Veja, Brendborg compartilha suas perspectivas sobre o assunto.
“O tubarão-da-groenlândia é um animal fascinante por sua capacidade de desafiar o envelhecimento. Enquanto os seres humanos envelhecem e falecem, testemunhamos um tubarão jovem que continuará vivendo por pelo menos mais cem anos.”
Principalmente, a razão pela qual o envelhecimento ocorre. Esse fenômeno não é totalmente explicado pela teoria da evolução e varia consideravelmente entre as espécies animais.”
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Atualmente, um dos candidatos mais promissores é a rapamicina, inicialmente um imunossupressor utilizado em transplantes para prevenir a rejeição de órgãos. Estudos estão sendo conduzidos para avaliar seu potencial em retardar o processo de envelhecimento.”
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Acredito que seja uma maneira louvável de empregar seus recursos. Muitos bilionários direcionam investimentos para atividades fúteis, enquanto os tratamentos antienvelhecimento em desenvolvimento têm o potencial de beneficiar bilhões de pessoas.”