Quem cresceu enfrentando dificuldades financeiras pode desenvolver certos comportamentos que perduram até a vida adulta. Descubra quais são.
As experiências vivenciadas na infância podem ter um impacto significativo no desenvolvimento emocional e comportamental das pessoas ao longo da vida. Traumas não resolvidos podem acompanhar as pessoas na sua vida adulta, influenciando suas atitudes e reações. Segundo o psicólogo Manuel Hernández Pacheco, “Mesmo sendo adultos, ainda temos dentro de nós uma criança que sofreu medos ou inseguranças, por exemplo. Essa criança ainda está conosco e os traumas que não foram superados continuarão a nos afetar na vida adulta”. Além disso, a escassez de recursos na infância pode moldar profundamente a personalidade e deixar marcas que perduram por toda a vida, podendo até mesmo modificar a estrutura cerebral.
Comportamentos comuns de quem teve poucos recursos na infância
1 – Valorizar a simplicidade
Valorizar a simplicidade pode ser um traço comum em pessoas que cresceram enfrentando dificuldades financeiras. A experiência de ter apenas o essencial na infância pode levar a uma apreciação maior do que se tem na vida adulta, como exemplificado pela repórter Anabel Palomares, que relata que sua mãe, mesmo podendo desfrutar de luxos atualmente, prefere a praticidade. A falta de excessos desde a infância pode contribuir para o desenvolvimento de uma personalidade mais equilibrada e menos propensa ao consumismo.
2 – Desenvolvimento da engenhosidade
A falta de recursos na infância pode estimular a criatividade e a engenhosidade das pessoas. Exemplos como consertar objetos quebrados ao invés de comprar novos ou reutilizar ingredientes para criar novas refeições podem ensinar valores importantes sobre aproveitamento dos recursos disponíveis e sustentabilidade.
3 – Empatia
Estudos mostram que pessoas que crescem em famílias com baixa renda tendem a ser mais empáticas e sensíveis às emoções alheias. A empatia pode ser um traço marcante em indivíduos que enfrentaram dificuldades financeiras na infância.
4 – Gratidão
A gratidão por aquilo que se possui, mesmo que seja considerado pequeno ou insignificante por outros, pode ser uma característica comum em indivíduos que cresceram com poucos recursos. Valorizar as pequenas coisas do dia a dia e reconhecer as bênçãos na vida são aspectos importantes que podem ser desenvolvidos nesse contexto.
5 – Ética de trabalho forte
A necessidade de trabalhar desde cedo para ajudar a família pode resultar em uma ética de trabalho forte e em uma compreensão precoce sobre a importância do esforço e da determinação para alcançar os objetivos.
6 – Resiliência
A experiência de enfrentar adversidades desde a infância pode contribuir para o desenvolvimento de uma resiliência excepcional nas pessoas. A capacidade de superar desafios e se recuperar de contratempos pode ser uma característica marcante em quem cresceu com poucos recursos.
7 – Perspectiva diferenciada sobre riqueza
Para aqueles que tiveram uma infância marcada pela escassez, a riqueza pode ser vista de forma mais ampla, não se limitando apenas ao aspecto financeiro. Segurança, estabilidade, oportunidades e liberdade são aspectos que também podem ser considerados como riqueza por essas pessoas.
8 – Prática da frugalidade
Aprender a administrar o dinheiro de forma consciente e priorizar as necessidades em detrimento dos desejos pode ser uma habilidade adquirida por aqueles que cresceram com recursos limitados. A conscientização dos gastos e a ênfase na economia podem ser características presentes nesse perfil.
Fonte: Minha vida
Imagens: Cielo