Primeira morte assistida em cápsula na Suíça resulta na detenção de diversas pessoas.

Por mais que o auxílio ao suicídio seja permitido na Suíça, autoridades acusaram indivíduos de “induzir, auxiliar e instigar o suicídio”.

A morte é um tema muitas vezes evitado, mas que desperta curiosidade, especialmente quando envolve técnicas não convencionais, como o **suicídio assistido**. Esse método controverso consiste em uma equipe médica fornecer os medicamentos necessários para o procedimento, sendo o próprio paciente responsável por administrar a dose fatal.

De acordo com a legislação suíça, o **auxílio ao suicídio** é permitido desde que não haja motivações egoístas envolvidas. A associação suíça Dignitas, que oferece esse tipo de serviço no país, destacou que incitar alguém a cometer suicídio para se livrar de obrigações financeiras é um exemplo de conduta proibida.

Na Suíça, os suicídios assistidos representam cerca de 1,5% das mortes registradas anualmente, de acordo com a “Swissinfo”. Mesmo assim, a polícia suíça deteve diversas pessoas após o uso de uma cápsula futurista projetada para facilitar o suicídio.

Suicídio assistido e implicações legais


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Segundo a polícia do cantão de Schaffhausen, localizado no norte da Suíça, a cápsula conhecida como “Sarco” foi utilizada em um caso de suicídio assistido na região de Merishausen.

A cápsula foi desenvolvida por Philip Nitschke, um médico australiano renomado por sua atuação no auxílio ao suicídio desde a década de 1990. Com um design aerodinâmico e elegante, ela promove a morte do indivíduo através da liberação de gás nitrogênio, reduzindo os níveis de oxigênio até se tornarem letais.

Dessa forma, os promotores de Schaffhausen iniciaram processos criminais contra várias pessoas por “induzir, auxiliar e instigar o suicídio”. Várias pessoas também foram detidas, conforme comunicado da polícia.

De acordo com um porta-voz da cápsula The Last Resort, a primeira pessoa a utilizar o **suicídio assistido** nela foi uma mulher norte-americana de 64 anos, com o sistema imunológico significativamente comprometido. Entre os detidos estavam Florian Willet, co-presidente do The Last Resort, um jornalista holandês e dois suíços.

No momento da morte da mulher, apenas Willet estava presente. O co-presidente descreveu o evento como uma morte “pacífica, rápida e digna”, de acordo com comunicado emitido pelo The Last Resort.

O porta-voz revelou que a mulher passou por avaliações psiquiátricas antes de tomar a decisão de tirar a própria vida.

Apesar da legalidade do **suicídio assistido** na Suíça, Elisabeth Baume-Schneider, ministra suíça da saúde, destacou que a cápsula não está em conformidade com as normas de segurança de produtos, além do uso de nitrogênio não ser legalmente aceitável.

Fonte: CNN

Imagens: Gulf news 

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