Potencial aumento de ataques cardíacos e derrames até 3 anos após a infeção

Impacto duradouro da Covid-19 no sistema cardiovascular

Um estudo recente apontou que indivíduos que contraíram Covid-19 estão mais suscetíveis a sofrer ataques cardíacos ou derrames nos três anos seguintes à infeção. Essa pesquisa, realizada no Reino Unido, destaca a preocupação com os diversos efeitos que a doença pode acarretar a longo prazo.

A Covid-19 permanece como uma ameaça

Os dados revelados pelo estudo publicado na revista Atherosclerosis, Thrombosis, and Vascular Biology apontam que os indivíduos que tiveram a doença no início da pandemia, sem acesso à vacinação, apresentam um risco duas vezes maior de desenvolver eventos cardíacos graves, como ataques cardíacos ou derrames, em comparação aos não infetados.

Para aqueles que necessitaram de hospitalização, o risco aumentou para mais de três vezes em relação aos indivíduos sem histórico de infeção.

O autor da pesquisa, Stanley Hazen, destaca que os danos nas artérias e no sistema vascular provocados pelo vírus podem ser responsáveis pelos efeitos de longo prazo no sistema cardiovascular.

Influência do grupo sanguíneo e uso de aspirina

O estudo também observou que o grupo sanguíneo pode influenciar o risco cardiovascular após a infeção por Covid-19. Indivíduos com sangue tipo O apresentaram um risco ligeiramente menor em comparação aos tipos A, B e AB, embora todos permaneçam em maior risco após a infeção.

O uso de aspirina em doses baixas por pacientes hospitalizados devido à Covid-19 demonstrou reduzir o risco de futuros problemas cardíacos.

Para os indivíduos com histórico de Covid-19, especialmente os que enfrentaram infecções graves, é recomendado o controle da pressão arterial e do colesterol como medida preventiva.

Embora o estudo não tenha abordado o impacto das vacinas, sugere-se que a vacinação possa reduzir a severidade das infeções e, consequentemente, os riscos associados ao sistema cardiovascular. É fundamental monitorizar esses riscos em pessoas recuperadas da infeção como uma precaução necessária para preservar a saúde cardiovascular.

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