Planeta com zona habitável pode ser perfeito para a próxima vida

A cada avanço na exploração do espaço e das viagens espaciais, o sonho de pousar em Marte se torna mais próximo da realidade. O sucesso da SpaceX é um exemplo claro da determinação humana em alcançar esse objetivo. Embora Marte não seja um planeta amigável para os seres humanos, existe uma “zona habitável” que pode ser adequada para uma possível colonização.

O potencial habitável de Marte

Diversas entidades, desde a NASA até pessoas como David Bowie, já se questionaram sobre a existência de vida em Marte. Um estudo recente do Caltech sugere que micróbios fotossintéticos poderiam prosperar em uma pequena zona habitável sob o gelo marciano.

É importante notar que a superfície de Marte é um deserto frio e estéril, devido à ausência de camada de ozônio e campo magnético que o proteja da radiação solar intensa. No entanto, evidências sugerem que o planeta já teve condições favoráveis à vida bilhões de anos atrás. Como resultado, micróbios poderiam ter se refugiado no subsolo, onde ainda há recursos e nutrientes.

Cientistas do Caltech calcularam uma potencial zona habitável para micróbios subterrâneos em Marte, considerando as condições ideais para a sobrevivência da vida. Esta zona habitável seria caracterizada por uma profundidade específica no subsolo, onde a vida microbiana poderia prosperar.

Os investigadores calcularam qual seria este meio-termo e afirmam que o gelo com apenas 0,01-0,1% de poeira poderia proporcionar uma área habitável com cerca de 5 a 38 centímetros de profundidade e, em gelo mais limpo, poderiam ser possíveis ainda mais áreas habitáveis entre 2,15 e 3,1 metros de profundidade.

A busca por vida em Marte

Neste contexto, uma zona habitável para micróbios fotossintéticos poderia existir abaixo de uma determinada quantidade de gelo. O estudo do Caltech revela que micróbios podem sobreviver em profundidades específicas, onde as condições são favoráveis para seu desenvolvimento.

A água líquida é um elemento essencial para a existência de vida nesse cenário, e as partículas de poeira presentes no gelo poderiam proporcionar pequenas bolsas de fusão localizada que atenderiam às necessidades desses micróbios. Embora teoricamente possível, a presença de vida nessas áreas ainda não foi confirmada, mas fornece um ponto de partida para futuras missões de exploração em Marte.

O estudo foi publicado na revista Nature Communications Earth & Environment.

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