Um estudo revelou uma possível relação entre a condição de autismo e os ácidos graxos presentes no sangue do cordão umbilical. Essa descoberta pode trazer novas perspectivas sobre as causas desse transtorno do desenvolvimento.
O autismo é caracterizado por dificuldades em interagir socialmente, padrões de comportamento restritos e repetitivos, e problemas com a linguagem comunicativa e interação de jogos simbólicos. Apesar de conhecermos essas características, ainda há muitos mistérios a serem desvendados.
De acordo com os pesquisadores da Universidade de Fukui, a análise da relação entre os ácidos graxos poli-insaturados (AGPI) presentes no sangue do cordão umbilical e os sintomas de autismo em 200 crianças trouxe resultados interessantes. Eles identificaram um composto específico chamado diHETrE, cujos níveis foram associados a diferentes aspectos do TEA.
Em suas observações, os pesquisadores notaram que altos níveis de diHETrE estavam relacionados a dificuldades em interações sociais, enquanto níveis mais baixos estavam associados a comportamentos repetitivos e restritivos, especialmente em meninas.
Possível causa do autismo
Os pesquisadores enfatizaram a importância de medir os níveis de diHETrE no sangue do cordão umbilical no momento do nascimento como uma possível ferramenta preventiva para o desenvolvimento do autismo. Além disso, sugeriram que a inibição do metabolismo desse composto durante a gravidez poderia ajudar a reduzir os sintomas do TEA nas crianças, destacando a necessidade de mais estudos sobre o assunto.
Fonte: Catraca livre
Imagens: Catraca livre