O despertar do Monte Adams: um vulcão adormecido há milhares de anos pode entrar em erupção nos EUA
Um vulcão adormecido por milênios, o Monte Adams, localizado no estado de Washington, nos Estados Unidos, está mostrando sinais de possível atividade após um longo período de inatividade.
Nas últimas semanas, a região registrou uma série de tremores, levando o Serviço Geológico dos EUA (USGS) a instalar estações sísmicas temporárias ao redor do vulcão para monitorar sua atividade de perto.
“Vulcão adormecido desde a Idade da Pedra”
Considerado o segundo vulcão mais alto de Washington, o Monte Adams tem o maior volume em comparação com outros vulcões da região. A última erupção documentada ocorreu entre 3.800 e 7.600 anos atrás, durante a Idade da Pedra, quando as civilizações humanas ainda estavam em seus primórdios.
Desde 1982, quando iniciou-se o monitoramento do Monte Adams, houve registros de alguns terremotos na região, ocorrendo em intervalos de dois a três anos. No entanto, o aumento na frequência recente dos tremores levanta preocupações sobre uma possível atividade vulcânica iminente.
“Terremotos recentes e o que sabemos até agora”
Apesar dos tremores de baixa intensidade, com magnitudes entre 0,9 e 2,0 na escala Richter, não foram sentidos pela população. Imagens de satélite também não mostraram deformações no solo em torno do Monte Adams até o momento, o que pode indicar uma movimentação mais significativa dentro do vulcão.
Embora os sinais sejam de atividade sísmica, o USGS destaca que a probabilidade de uma erupção permanece baixa. No entanto, novas estações sísmicas estão sendo instaladas para investigar a causa dos tremores e monitorar qualquer alteração no comportamento do vulcão.
“Preocupação com possíveis consequências”
Os especialistas alertam que, em caso de erupção, é mais provável que o Monte Adams libere fluxos de lava de curta duração, em vez de explosões significativas. A maior preocupação é com possíveis fluxos lamacentos de rocha, cinzas e gelo, que podem representar um risco considerável para a região.
Outro ponto de atenção são os deslizamentos de rocha no cume do vulcão, que podem ocorrer devido à fragilização do solo. Por enquanto, não há planos de evacuação, mas os especialistas permanecem alertas e continuam monitorando de perto a atividade do Monte Adams.
Fonte: Olhar Digital
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