Um estudo recente apontou que três medicamentos comuns para insônia podem aumentar significativamente o risco de demência. Saiba quais são eles.
A demência é uma condição que pode surgir na terceira idade, sendo um termo genérico que engloba diversos sintomas causados por problemas cerebrais. A perda de memória é um dos principais sintomas da demência, levando as pessoas a se sentirem confusas, isoladas e solitárias.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia-São Francisco, o uso frequente de medicamentos para dormir como zolpidem, clonazepam, diazepam e antidepressivos pode aumentar o risco de demência em até 79%. Esse aumento de risco é mais significativo em pessoas brancas, e a quantidade e tipo de medicamento utilizado também influenciam nesse cenário.
O estudo analisou cerca de três mil idosos sem demência ao longo de nove anos, com 42% de participantes negros e 58% brancos. Durante o estudo, 20% dos pacientes desenvolveram demência.
Os participantes brancos que utilizavam frequentemente ou quase sempre medicamentos para dormir apresentaram 79% mais chances de desenvolver demência em comparação com aqueles que raramente ou nunca utilizavam. Já nos participantes negros, que faziam um uso menor desses medicamentos, também foi observado um aumento do risco entre os que utilizavam com frequência.
Os pesquisadores também alertaram sobre a possibilidade de que alguns medicamentos para dormir possam ter um risco maior de demência do que outros. Portanto, é importante que as pessoas com problemas de sono abordem a questão dos medicamentos com cautela. A terapia cognitivo-comportamental foi apontada como a primeira linha de tratamento para casos de insônia, enquanto a melatonina foi destacada como uma opção mais segura. No entanto, mais evidências são necessárias sobre o uso a longo prazo de melatonina na saúde.
Medicamentos que aumentam o risco de demência
Zolpidem
Entre os medicamentos que aumentam o risco de demência está o zolpidem, utilizado no tratamento da insônia. É importante destacar que seu uso deve ser limitado a algumas semanas para evitar tolerância e dependência.
O zolpidem atua em um receptor de neurônios relacionado à regulação do sono, proporcionando um efeito sedativo que auxilia na indução do sono. Possíveis efeitos colaterais incluem sonolência diurna, tonturas e dificuldade de coordenação.
Clonazepam
O clonazepam, conhecido como Rivotril, é prescrito para ansiedade, convulsões e distúrbios do sono. Seus efeitos colaterais incluem sonolência, cansaço e dificuldade de concentração.
Diazepam
O diazepam, das benzodiazepinas, é utilizado para ansiedade, insônia, convulsões e espasmos musculares. Assim como outros medicamentos do tipo, pode causar sonolência, tontura e confusão.
Fonte: Catraca livre
Imagens: Personale cuidador