Marte revela abundância de água, mas desilude os sonhadores!

Foi descoberto um extenso oceano subterrâneo de água em Marte. Essa descoberta, que poderia ser uma notícia fantástica, na verdade, traz consigo desafios que podem inviabilizar a colonização do planeta.

Um aquífero gigante a 11 km de profundidade

A boa notícia é que foi identificado um vasto oceano de água abaixo da superfície de Marte, capaz de cobrir todo o planeta com 1,6 km de profundidade. A má notícia é que esse depósito está tão profundo e inacessível que torna inviável a sua exploração.

Um novo estudo liderado pela Universidade da Califórnia em Berkeley revelou que, utilizando dados sísmicos da sonda Insight da NASA, os cientistas identificaram uma camada profunda de rocha ígnea fraturada saturada com água líquida abaixo da superfície marciana.

De acordo com a equipe de pesquisa, essa camada de água encontra-se entre 11,5 e 20 km abaixo da superfície, o que tornaria extremamente desafiador alcançar e explorar esse aquífero gigante em Marte.

Apesar dos desafios, a presença dessa enorme quantidade de água pode indicar a possibilidade de existência de vida microbiana e ajudar a explicar a história geológica do planeta vermelho.

Marte, um planeta que já foi coberto por oceanos

Há três mil milhões de anos, Marte era um mundo aquoso com um oceano que cobria parte de sua superfície. Ao longo do tempo, devido à falta de um campo magnético protetor, a atmosfera do planeta diminuiu e grande parte da água evaporou para o espaço, restando apenas as calotas polares e depósitos de permafrost.

Segundo a teoria predominante, se a análise da Universidade de Berkeley se confirmar, é possível que uma parte significativa desses antigos mares tenha se infiltrado nas profundezas do planeta por meio de fendas nas rochas.

“Compreender o ciclo da água em Marte é fundamental para compreender a evolução do clima, da superfície e do interior. Um ponto de partida útil é identificar onde está a água e qual a sua quantidade.” – Vashan Wright, cientista da Universidade de Berkeley.

Essas descobertas trazem novos insights sobre a história e a geologia de Marte, mostrando que o planeta já foi muito diferente do que é hoje, e levantando questões intrigantes sobre a possibilidade de vida no passado marciano.

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