Explore a cidade onde é impossível determinar sua localização.

**A cidade de Chongqing: um labirinto arquitetônico**
Por conta da arquitetura surreal, nessa cidade é impossível saber de fato em qual andar se está.

O mundo é um lugar extremamente diverso, seja com relação às paisagens, povos, culturas ou construções. Por exemplo, Chongqing, na China, tem essa peculiaridade porque os prédios da cidade tem formatos diferentes e estão em andares diferentes. Por conta disso, quem mora ou visita não consegue saber em qual andar realmente está.

Conforme mostrou Marina Guaragna, viajante e criadora de conteúdo, em um vídeo publicado em suas redes sociais tentando andar pela cidade é bem confuso para pessoas que não são da própria cidade. O motivo? Um dos exemplos é a praça que fica no topo de um prédio de 22 andares.

“**Nunca vi nada parecido com essa cidade no mundo todo**. Quando você acha que está no térreo, olha para baixo e descobre que está em cima de um arranha-céu. Até sair do hotel é um desafio, já que existem várias saídas que dão para ruas diferentes em diferentes níveis”, disse Marina.

**Cidade que não dá para saber onde está**

Desde 2006, Chongqing é considerada uma megalópole das mais populosas do mundo. Isso por conta do seu centro urbano ter mais habitantes do que todo o território do Peru ou Iraque.

Por causa de todas essas pessoas, os arquitetos procuram soluções criativas para que os mais de 31 milhões de moradores consigam se locomover. Dentre as soluções está o metrô que passa por um prédio de 19 andares.

De acordo com um artigo da Tomorrow City, mantida pelo Congresso da Exposição Universal de Cidades Inteligentes, o formato surreal dessa cidade onde a pessoa não consegue saber onde está também está ligado com a distribuição de área da cidade.

Até porque Chongqing tem uma população grande e um território também grande. Para se ter uma ideia, são 82 mil quilômetros quadrados, o que é quase o tamanho da Áustria. Isso faz com que ela seja a maior cidade do mundo em extensão. Contudo, a área construída é de somente 5,5 mil quilômetros quadrados porque grande parte da cidade é feita de distritos menores aglomerados e o subúrbio é considerado rural.

**Construção surreal**

@hughchongqing

Which floor is the ground floor in Chongqing? #China #Chongqing #cyberpunk #重庆 #travel

♬ original sound – Hugh Chongqing

A construção surreal de Chongqing aconteceu por conta do boom de urbanização no século XX que levou a um crescimento e migração desordenadas. Isso fez com que a densidade do centro da cidade aumentasse muito e com isso vieram vários designs e desafios.

Outro ponto que faz a cidade ser construída de uma forma onde a pessoa não sabe onde está é a sua topografia, visto que nela existem regiões de planície e outras cortadas por montanhas. Justamente por isso que é bem possível que algumas pessoas estejam em baixo e outras em cima.

Ainda de acordo com o Tomorrow City, várias pessoas moram em apartamentos, principalmente nos andares mais altos porque normalmente os prédios são mistos, sendo os andares mais baixos para escritórios e serviços.

Mas nem tudo sobre a construção dessa cidade é benéfico. Por exemplo, por conta dos prédios de vários tamanhos e formatos, não são todos que acabam recebendo a luz do sol.

E para que a cidade ficasse integrada, seus construtores optaram por fazer pontes que interligassem os prédios que estão em níveis diferentes do solo, mas que têm formatos diferentes.

**Obras**


Olhar digital

Por conta de toda essa arquitetura surreal e dessa condição de a pessoa não saber onde está acabaram tornando Chongqing um destino turístico. Além disso, arquitetos de outros países elogiam o design futurista. Tanto que vários arquitetos também querem fazer suas obras na cidade, como o israelense Moshe Safdie, que, no Brasil, projetou o Centro de Ensino e Pesquisa do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

Em 2020, ele terminou o Raffles City Chongqing, que é um arranha-céu horizontal apoiado em outros três prédios e está a 250 metros de altura. Ao todo a construção tem escritórios, residências, hotel, flat, centro comercial, área de lazer e mais de 30 mil m² de áreas abertas comuns.

“O projeto integra múltiplos pontos de acesso alinhados com a topografia ondulada da cidade, um sistema inovador de desvio de tráfego e uma nova passarela pública que corta por cinco andares do shopping para oferecer conexão entre o parque e a praça Chaotianmen”, informa o site do arquiteto.

Fonte: Olhar digital

Imagens: Instagram, TikTok, Olhar digital

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *