Dicas para reduzir a presença dos químicos eternos na alimentação: uma tarefa quase impossível

Estudos recentes têm destacado a preocupação em relação aos per- and polyfluoroalkyl substances (PFAS), conhecidos como “químicos eternos”, devido aos riscos à saúde associados a essas substâncias. Mesmo sendo desafiador eliminá-los completamente da alimentação, existem algumas medidas que podem ser adotadas.

O The Guardian compilou dicas para minimizar a exposição aos “químicos eternos” na alimentação, considerando a ubiquidade dessas substâncias no ambiente. Esses compostos são amplamente utilizados na fabricação de produtos resistentes à água, manchas e calor, e são conhecidos por sua persistência e dificuldade de degradação.

O que são os PFAS?

Os PFAS são um grupo extenso de substâncias sintéticas utilizadas em diversos setores da sociedade. Além de serem facilmente transportados no ambiente e persistirem por longos períodos, esses compostos estão presentes em uma variedade de produtos, incluindo alimentos básicos, o que levanta preocupações sobre os riscos à saúde.

Embora os esforços regulatórios tenham se concentrado na redução dos PFAS na água, evidências apontam que os alimentos representam uma via significativa de exposição. A contaminação por PFAS em alimentos é difusa, uma vez que esses compostos estão presentes em vários produtos de consumo e processos industriais, tornando a contaminação difícil de ser evitada.

Entre os possíveis pontos de contaminação, destaca-se o uso de lodo de esgoto como fertilizante em cultivos agrícolas, levando à presença dessas substâncias em produtos de origem animal e vegetal. Além disso, recipientes de armazenamento de alimentos e utensílios de cozinha tratados com PFAS também são fontes potenciais de contaminação.

Como mitigar a exposição aos “químicos eternos”?

Altere os hábitos de consumo

Estudos sugerem que indivíduos que consomem uma dieta rica em frutas e vegetais frescos podem apresentar níveis mais baixos de PFAS no sangue. Optar por alimentos menos processados e reduzir o consumo de carne, principalmente carne vermelha, pode ajudar a diminuir a exposição a essas substâncias.

“Não consumir produtos sanguíneos, como carne e laticínios, pode reduzir a exposição aos PFAS”, afirmou Stephen Brown, pesquisador do Sierra Club Michigan.

Algumas hortaliças, especialmente as de folhas verdes, podem absorver os PFAS, tornando importante conhecer a origem dos alimentos consumidos. Além disso, preparar refeições em casa e evitar o consumo frequente de alimentos processados e embalados pode reduzir a exposição aos “químicos eternos”.

Prepare a comida em casa

Levar recipientes de vidro para restaurantes ao solicitar sobras e optar por produtos embalados em vidro em vez de plástico durante as compras são medidas que podem ajudar a evitar a contaminação por PFAS. Além disso, escolher alimentos frescos e menos processados pode contribuir para reduzir a exposição a essas substâncias tóxicas.

Modere o consumo de marisco e peixe

Estudos indicam que peixes de água salgada podem apresentar menor nível de PFAS em comparação com os de água doce, devido à diluição dessas substâncias nos oceanos. No entanto, a presença de PFAS em frutos do mar vendidos em mercados costeiros ressalta a importância de moderar o consumo desses alimentos, especialmente os provenientes de áreas urbanas e bases militares.

Recorde o mapa europeu das substâncias químicas “eternas”:

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