Descobertas da NASA sugerem que asteroide Bennu pode ter sido parte de um mundo oceânico

Uma recente análise de amostras do asteroide Bennu, realizada pela missão OSIRIS-REx da NASA, revelou a presença de fosfato de magnésio e sódio. Este composto sugere que o asteroide possa ter tido origem num mundo oceânico primitivo.

A missão OSIRIS-REx levou sete anos para alcançar o Bennu e trazer de volta à Terra uma amostra do asteroide. Em setembro do ano passado, a nave espacial passou pela Terra e entregou uma cápsula contendo amostras de rocha recolhidas do asteroide.

Conforme revelado, a amostra de 120 gramas do asteroide Bennu tem o potencial de fornecer informações valiosas sobre a evolução do nosso sistema solar.

Os testes mais recentes revelaram a presença de fosfato de magnésio e sódio nas amostras, um composto iónico que sugere um passado aquoso para o asteroide. Esta descoberta foi uma surpresa, uma vez que não foi detetada por sensores remotos da OSIRIS-REx.

De acordo com um comunicado de imprensa da NASA, a presença desses compostos sugere que “o asteroide pode ter-se separado de um pequeno mundo oceânico primitivo há muito desaparecido”.

“A amostra que devolvemos é o maior reservatório de material de asteroide inalterado na Terra neste momento.

A presença e o estado dos fosfatos, juntamente com outros elementos e compostos em Bennu, sugerem um passado aquoso para o asteroide. Bennu poderia potencialmente ter sido parte de um mundo mais húmido. No entanto, esta hipótese requer mais investigação.”

Explicou Dante Lauretta, coautor do artigo e investigador principal da OSIRIS-REx na Universidade do Arizona, Tucson.

Num artigo, a equipa da Universidade do Arizona afirmou que Bennu “foi selecionado como alvo da missão em parte porque as observações telescópicas indicaram uma composição primitiva, carbónica e minerais que contêm água”.

Este tipo de asteroides, como o Bennu, nunca derreteram ou solidificaram desde a sua formação, há milhares de milhões de anos. Portanto, a composição das amostras do asteroide Bennu pode fornecer informações fundamentais sobre a evolução inicial do sistema solar, há cerca de 4,5 mil milhões de anos.

 

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