Cientistas decifram enigma das borboletas que cruzaram o Oceano Atlântico percorrendo mais de 4 mil quilômetros.

Descoberta da travessia das borboletas pelo Atlântico

Recentemente, os cientistas finalmente conseguiram desvendar um mistério que intrigava há muito tempo: como as borboletas conseguiram atravessar o Oceano Atlântico em um voo de milhares de quilômetros. As borboletas são conhecidas por sua beleza e variedade de cores, sendo verdadeiras obras de arte da natureza. No entanto, a forma como esses insetos realizaram essa impressionante travessia era um enigma até então.

Após uma investigação de 10 anos, os pesquisadores conseguiram reconstruir o voo de três borboletas da espécie Vanessa cardui, que foram avistadas na Guiana Francesa. Inicialmente, acreditava-se que esses insetos teriam vindo da América do Norte, sobrevoando a América Central ou o Mar do Caribe. No entanto, análises genéticas revelaram que as borboletas na verdade haviam migrado da África até o local onde foram encontradas.

Estudo genético e descobertas

Para confirmar essa rota migratória surpreendente, os pesquisadores realizaram estudos genéticos comparando as borboletas da Guiana Francesa com exemplares de diversas partes do mundo. O sequenciamento do DNA de 1.200 amostras permitiu identificar que as borboletas pertenciam à população que migra entre a Europa e a África.

Além disso, os cientistas desenvolveram uma tecnologia capaz de rastrear possíveis fragmentos de pólen nas borboletas, o que confirmou que elas estavam repletas de pólen africano. As análises revelaram a presença de espécies de plantas restritas à região subsaariana, comprovando sua origem africana.

Travessia do Atlântico

Um dos pontos-chave do estudo foi a investigação sobre os tipos de vento necessários para que as borboletas pudessem sobrevoar o Atlântico. Com modelos complexos e o auxílio de programas computacionais, os pesquisadores conseguiram reconstruir a trajetória das correntes de ar. Descobriu-se que as borboletas se beneficiaram dos ventos alísios, seguindo uma rota que se originou na costa africana, com uma velocidade média de 27km/h.

Essa descoberta impressionante evidencia a incrível capacidade de migração das borboletas Vanessa cardui. A pesquisa, conduzida por cientistas dedicados e talentosos, lança luz sobre os mistérios da natureza e nos permite compreender melhor as incríveis jornadas que esses seres alados são capazes de realizar.

Fonte: Um só planeta

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Meteored

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