Borboletas recolhem pólen sem tocar nas flores através de carga elétrica, aponta pesquisa

Um estudo realizado pela Universidade de Bristol revelou que borboletas e traças têm a habilidade de recolher pólen sem precisar tocar nas flores, utilizando carga elétrica.

Os pesquisadores da Universidade de Bristol se dedicaram a estudar as cargas elétricas que esses insetos produzem com suas asas. Foi descoberto que as borboletas e traças acumulam eletricidade estática o suficiente para atrair o pólen das flores para seus corpos, sem a necessidade de contato físico.

Segundo Sam England, autor principal do estudo, as descobertas fornecem uma visão clara do papel significativo que a eletricidade estática desempenha na polinização, sendo “muito poderosa”.

Um dos aspectos interessantes desse fenômeno é que ele permite a troca sem contato entre a planta e o polinizador, devido ao desequilíbrio entre as cargas negativas e positivas, resultando em eletricidade estática.

Eletricidade estática

Estudo revela a importância da eletricidade estática em borboletas

O estudo, publicado no Journal of the Royal Society Interface, analisou 269 borboletas e traças de diversas espécies ao redor do mundo para compreender como a eletricidade estática influencia o processo de polinização.

Os pesquisadores constataram que esses insetos são capazes de acumular eletricidade estática em suas asas enquanto voam, atraindo o pólen pelo ar em direção às flores sem precisar tocá-las.

Além disso, foi observado que a quantidade de eletricidade estática variava de acordo com a espécie e seu ambiente, indicando que a evolução desempenha um papel fundamental nessa característica.

Traça, que usa carga elétrica para recolher o pólen sem tocar nas flores

De acordo com os pesquisadores, o estudo desses mecanismos internos poderá abrir portas para o desenvolvimento de tecnologias que aumentem artificialmente as cargas eletrostáticas dos polinizadores e do pólen, contribuindo para melhorar as taxas de polinização em ambientes naturais e agrícolas.

**Essa descoberta pode ter um impacto significativo no meio ambiente, sobretudo diante da preocupação com a redução das populações de abelhas,**

Para Sam England, o próximo passo na pesquisa seria ampliar o estudo para incluir um maior número de espécies e analisar as correlações entre a eletricidade estática, a ecologia e o estilo de vida desses insetos, a fim de compreender melhor a interação entre evolução e eletricidade estática.

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