Se porventura algo ocorrer durante o voo, os pilotos têm um plano de contingência simples para realizar um pouso de emergência. Descubra qual é.
Em situações de pouso de emergência, quais são as ações que os pilotos devem adotar? Agora, nós temos a resposta!
Os voos que cruzam oceanos em trajetos transcontinentais podem se estender por longas horas. Enquanto a aeronave está no ar, surge a preocupação: “E se houver uma emergência? Estamos muito distantes de qualquer terra firme!”. Contudo, fique tranquilo. Existe um “plano B” que consiste em direcionar a aeronave para um aeroporto próximo, mais próximo do que se pode imaginar, conforme um artigo do UOL.
Durante trajetos sobre o oceano Atlântico, por exemplo, a aeronave está a apenas duas horas de distância de um aeroporto. Já em rotas sobre outros oceanos, o tempo médio até o aeroporto mais próximo aumenta um pouco, chegando a três horas.
**Exemplos**
Vamos considerar alguns casos concretos. Normalmente, voos internacionais que partem do Brasil têm Fortaleza (CE) como ponto de partida. Um aeroporto alternativo no meio do oceano seria o da Ilha do Sal, em Cabo Verde, que encontra-se de duas a quatro horas de distância da capital cearense.
Após esse ponto, o próximo aeroporto está a um tempo de viagem menor, seja na Europa ou na África. O artigo explora dois cenários fictícios de pouso de emergência.
Um deles seria a falha em um dos motores da aeronave. Outro cenário seria se um dos passageiros sofresse um mal súbito. Para ambos os casos, existem planos definidos e procedimentos a serem seguidos.
Caso um dos motores de uma das asas da aeronave pare de funcionar, a situação é séria, porém não significa necessariamente que o avião irá cair. Isso acontece porque as aeronaves têm capacidade de voar com apenas um motor operante.
A duração do voo com um único motor pode variar conforme o modelo e a companhia aérea.
Conforme o artigo, em linhas gerais, as aeronaves conseguem permanecer voando por até três horas nessas condições, porém algumas podem permanecer no ar por mais de seis horas mesmo com alguma falha.
Interior da aeronave
Por exemplo, o avião Boeing 777-300ER operou com apenas um motor por cinco horas e meia em um voo de Seattle (EUA) para Taipei (Taiwan), trajeto que dura aproximadamente 13 horas.
Neste caso, a situação foi planejada. O objetivo era obter a certificação Etops 330 (sigla em inglês para operações de alcance prolongado com aeronaves bimotoras).
Quando um passageiro passa mal durante o voo, os comissários de bordo são treinados para oferecer os primeiros socorros.
Em situações como um ataque cardíaco ou AVC, o “plano B” do piloto é desviar para o aeroporto mais próximo para realizar um pouso de emergência enquanto os comissários prestam assistência ao passageiro.
**Principal causa de pouso de emergência**
De acordo com levantamento do site Global Incident Map, as principais razões para pousos de emergência de aeronaves podem ser divididas em diversas categorias, que englobam problemas técnicos, condições meteorológicas adversas, problemas de saúde de passageiros ou tripulantes, interferências externas e questões de segurança.
Inicialmente, os problemas técnicos envolvem situações como perda de potência ou falha total de um ou mais motores. Além disso, há outras situações, como falhas nos sistemas hidráulicos que afetam o controle da aeronave ou em conexões elétricas essenciais, como sistemas de navegação ou comunicação.
Quanto às condições climáticas, o pouso de emergência é recomendado para lidar com turbulências fortes, raios ou granizo que possam prejudicar a aeronave.
A baixa visibilidade, que torna o pouso seguro mais difícil, também faz com que o piloto recorra ao plano B, assim como mudanças súbitas na direção ou velocidade do vento, que podem desestabilizar a aeronave.
Como já mencionado, situações médicas de emergência têm prioridade, especialmente casos como ataques cardíacos, desmaios repentinos ou perda de consciência.
E se ocorrer algum incidente inesperado, como uma colisão com aves ou outros objetos, danos na aeronave ou preocupações de segurança em relação aos passageiros, o piloto pode tomar decisões imediatas e pousar no local mais próximo.
Fonte: Olhar Digital