As quantidades de plástico descobertas no cérebro humano estão crescendo progressivamente ao longo dos anos.

Estudo recente revelou que concentrações de plástico foram encontradas em maior quantidade no cérebro do que no fígado ou nos rins. Essa descoberta levanta preocupações tanto para o meio ambiente quanto para a saúde humana.

Os pesquisadores detectaram micro e nanoplásticos nos órgãos humanos, com concentrações alarmantes no cérebro, rins e fígado. Durante autópsias, foi observado que o cérebro apresentava uma quantidade significativamente maior de nanoplásticos em comparação com os outros órgãos. O principal tipo de plástico encontrado foi o polietileno.

Os estudiosos concluíram que as concentrações de plástico no cérebro eram entre sete a 30 vezes maiores do que as registradas no fígado ou nos rins. Eles destacaram que as evidências visuais e laboratoriais indicam uma acumulação significativa de nanopartículas no cérebro, manifestando-se como fragmentos de nanômetros de comprimento.

Essas nanopartículas são descritas pelos autores como “detritos de plástico envelhecidos, semelhantes a fragmentos, numa vasta gama de tamanhos”. O fato mais preocupante é que essas nanopartículas de plástico estão se acumulando no cérebro e suas concentrações estão aumentando ao longo do tempo.

Impacto das concentrações de plástico no cérebro e no corpo


Os microplásticos e nanoplásticos possuem tamanhos mínimos, variando entre 500 micrômetros e um nanômetro de diâmetro. Segundo os pesquisadores, essa característica define o período Antropocênico. Estudos demonstram que essas partículas aumentam a inflamação em partes específicas do corpo.

A razão pela qual os plásticos se acumulam principalmente no cérebro e suas consequências ainda são um mistério. O órgão é extremamente complexo e não totalmente compreendido, levantando preocupações sobre a saúde cerebral e a vulnerabilidade de pessoas com doenças neurológicas, como a doença de Alzheimer.

O aumento exponencial de nanopartículas no cérebro à medida que mais microplásticos entram no ambiente é alarmante. Estudos mais complexos e em maior escala serão necessários para avançar nas conclusões sobre esse problema crescente.

Fonte: Meteored

Imagens: Hypescience

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