Uma pesquisa revelou algumas das regiões que podem se tornar inabitáveis para a humanidade em um prazo de 70 anos, sendo a maioria delas localizadas no Brasil.
Um estudo conduzido pela Agência Espacial Americana (NASA) identificou cinco regiões do planeta que podem se tornar inabitáveis dentro de alguns anos.
De acordo com a pesquisa, em até 50 anos, o calor extremo pode inviabilizar a sobrevivência humana em diversos locais.
Entre as regiões mencionadas estão o Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste do Brasil, que, segundo o estudo, poderão se tornar impróprias para a habitação nas próximas décadas. As informações foram divulgadas pelo jornal O Globo.
Cientistas do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA analisaram os extremos de calor e umidade usando imagens de satélite, além de realizarem projeções sobre a temperatura de bulbo úmido e a temperatura mínima necessária para a evaporação da água.
De acordo com os pesquisadores, o corpo humano consegue manter-se em condições de suor a 45°C com 20% de umidade relativa do ar. No entanto, quando a umidade ultrapassa os 40%, essa combinação pode se tornar fatal, já que a capacidade de suar e dissipar calor é reduzida.
A adaptação do ser humano a temperaturas elevadas por longos períodos ainda é uma incógnita.
No Brasil, conforme um estudo publicado na revista científica Science Advances, o desmatamento e a exploração irresponsável dos recursos naturais podem acelerar o aumento da temperatura, ampliando as regiões inabitáveis nas próximas décadas.
Além das áreas brasileiras, locais do Sul da Ásia, Golfo Pérsico, Mar Vermelho e partes da China também podem experimentar temperaturas de bulbo úmido acima de 35°C até 2070.
Ou seja, a combinação de calor e umidade atingirá níveis tão elevados que representarão uma ameaça para a saúde das pessoas, inclusive as saudáveis.
Formas de prevenir regiões inabitáveis
A redução ou eliminação das regiões inabitáveis do planeta é um desafio complexo, mas possível. A diminuição da umidade e o aumento da temperatura são fenômenos em curso há anos.
Além disso, é fundamental que os governos implementem políticas para reduzir as emissões de CO2 e outros gases de efeito estufa. Para isso, a implementação de projetos de fiscalização e a adoção consciente de medidas, como o uso de energias renováveis e tecnologias de carbono zero, são essenciais.
Para evitar regiões inabitáveis devido à umidade, é crucial combater o desmatamento e promover a reflorestação, especialmente considerando a importância da Amazônia para o clima na América do Sul.
Além disso, a gestão sustentável dos recursos naturais, como hídricos e agrícolas, é fundamental para lidar com as mudanças climáticas e garantir insumos suficientes.
O aquecimento global já é uma realidade e é urgente desenvolver infraestruturas capazes de lidar com essa situação. Isso não apenas ajudará a enfrentar regiões inabitáveis, mas também a reduzir os impactos atuais.
No entanto, sem projetos eficazes de educação ambiental e conscientização pública, todas essas medidas podem se mostrar ineficazes. É crucial educar a população sobre a importância da preservação do meio ambiente e as consequências das mudanças climáticas.
Com ações tanto individuais quanto governamentais, aliadas a acordos internacionais para combater as mudanças climáticas, será possível mitigar os impactos que a humanidade enfrentará.
Investimento em pesquisas
Além disso, é fundamental investir em pesquisa científica para desenvolver tecnologias que mitiguem e se adaptem às mudanças climáticas. Os governos devem apoiar inovações, grupos de estudos e pesquisadores que possam contribuir para a redução das emissões de carbono e o aumento da eficiência energética.
Outros estudos serão essenciais para melhor compreensão do momento em que estamos vivendo e fornecer mais dados sobre as regiões inabitáveis no futuro.
É importante destacar que a intenção não é gerar pânico, mas conscientizar governos e instituições sobre a necessidade de agir diante desse cenário inevitável.
Com acesso a dados e pesquisas mais robustas, será possível proteger melhor as comunidades mais vulneráveis, com sistemas de alerta preparados para ondas de calor.
Fonte: NSC Total