A verdade sobre a Lua

Nova teoria sobre a origem da Lua desafia consenso científico

Um estudo recente realizado por investigadores da Universidade da Pensilvânia, nos EUA, desafia o consenso científico de que a Lua se formou a partir de detritos após uma colisão com a Terra. Segundo os astrónomos, a “Lua terrestre” poderá, afinal, ter sido “roubada” ao espaço.

A possível captura da Lua durante um encontro próximo com um objeto rochoso

O estudo, publicado na revista The Planetary Science Journal, sugere que a Lua foi capturada durante um encontro próximo entre a Terra e um binário terrestre, composto pela Lua e outro objeto rochoso. Esta teoria contraria a ideia anterior de que a Lua se formou a partir de detritos após uma colisão com a Terra.

“A conferência de 1984 definiu a narrativa durante 40 anos. Mas as questões ainda persistiam. Por exemplo, uma Lua que se forma a partir de uma colisão planetária, tomando forma à medida que os detritos se aglomeram num anel, deveria orbitar acima do equador do planeta. A Lua da Terra orbita num plano diferente.”

Disse Darren Williams, um dos investigadores.

Evidências encontradas noutras partes do Sistema Solar

Os investigadores apontam para evidências de que a captura de luas por troca de binários acontece em outras partes do Sistema Solar, citando o exemplo de Tritão, a maior lua de Neptuno, que se acredita ter sido puxada para a sua órbita a partir da Cintura de Kuiper.

Tritão é o maior satélite natural de Neptuno. Descoberto pelo astrónomo inglês William Lassell em 1846, deve o seu nome ao deus Tritão da mitologia grega. É a única grande lua do Sistema Solar com uma órbita retrógrada, ou seja, com sentido oposto à rotação do planeta.

Impacto das marés na evolução da órbita lunar

De acordo com o estudo, a Lua teria sido capturada em uma órbita elíptica inicial, que ao longo do tempo foi moldada pela influência das marés da Terra, tornando-se mais circular. Atualmente, a Lua afasta-se gradualmente da Terra, sendo puxada pela gravidade do Sol.

Sob influência reversa das marés que ele mesmo gera, o nosso satélite natural afasta-se da Terra cerca de 3 centímetros por ano, estimam cientistas.

Os investigadores concluem que, embora a nova teoria apresente uma possibilidade alternativa para a origem da Lua, ainda há muito a ser explorado e estudado neste campo.

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