Uma investigação recente no oceano Pacífico revelou possíveis vestígios de materiais da época dos dinossauros. Os cientistas encontraram uma porção de terra que pode ter sido um antigo fundo marinho, oferecendo valiosas pistas sobre a evolução da superfície terrestre ao longo dos anos. Utilizando dados sísmicos, a equipe localizou antigas placas oceânicas escondidas nas profundezas do manto terrestre, entre 410 e 660 quilômetros abaixo da superfície. Essa descoberta pode fornecer informações cruciais sobre a misteriosa Província de Baixa Velocidade de Cisalhamento do Pacífico (LLSVP), que desacelera a propagação de ondas sísmicas.
**Uma barreira de placas tectônicas**
Segundo os pesquisadores, a zona de transição espessa apresenta velocidades de ondas sísmicas mais rápidas do que o normal, indicando uma alteração na estrutura mineral devido a temperaturas mais baixas. Eles acreditam que isso seja resultado de subducções oceânicas antigas que ocorreram durante a era mesozoica, entre 250 e 120 milhões de anos atrás.
**Como produz as superplumas?**
Os cientistas sugerem que um antigo pedaço de fundo do mar, subduzido há cerca de 250 milhões de anos, atua como uma laje mais fria e densa, funcionando como um “fóssil” do fundo oceânico antigo. Esses materiais antigos podem formar superplumas, estruturas geológicas que influenciam a formação de magma e podem alcançar a superfície terrestre. Acredita-se que o hotspot responsável pela ilha de Páscoa esteja acima de uma dessas plumas.
**Descoberta no Oceano Pacífico**
Com base nos dados sísmicos obtidos, a equipe está desenvolvendo um novo modelo para entender o movimento das placas tectônicas ao longo da história da Terra. O objetivo é criar um extenso mapa das antigas zonas de subducção e ressurgência, investigando os efeitos desses materiais nas camadas profundas e superficiais do planeta.