Mais um limite planetário está prestes a ser ultrapassado e isso coloca em risco o suporte à vida na Terra. Saiba mais sobre essa preocupação.
Falar sobre a origem da vida na Terra é um desafio complexo. O mistério da origem da vida no planeta tem sido tema de diversos estudos científicos em busca de respostas definitivas. No entanto, atualmente, a principal preocupação recai sobre a possibilidade de a Terra perder seu suporte à vida.
Um dos novos desafios é a acidificação dos oceanos, mais um limite planetário que a civilização está prestes a ultrapassar, ou que possivelmente já ultrapassou. Essa é a conclusão de um recente relatório sobre o estado dos sistemas de suporte à vida na Terra, divulgado recentemente pelo Instituto de Pesquisas sobre os Impactos Climáticos de Potsdam (PIK), com base em anos de estudos.
Os chamados “limites planetários” foram estabelecidos há 15 anos e representam os limites que não devem ser ultrapassados para garantir a segurança da humanidade. No entanto, a ação humana já quebrou seis dos nove limites, incluindo mudanças climáticas, desmatamento, perda de biodiversidade, introdução e disseminação de produtos químicos sintéticos, escassez de água e desequilíbrio do ciclo do nitrogênio.
Atualmente, a acidificação dos oceanos é o próximo limite a ser ultrapassado, seguido pelo carregamento de aerossóis atmosféricos e pela destruição do ozônio estratosférico.
Terra em risco de perder suporte à vida
De acordo com Levke Caesar, física climática responsável pelo relatório, a acidificação dos oceanos é motivo de preocupação pelos impactos que possui. O estado atual de saturação da aragonita nos oceanos está ultrapassando os limites considerados seguros, devido à absorção das emissões de CO2. Isso resulta na diminuição do pH da água, prejudicando organismos marinhos como corais, conchas e plâncton, afetando toda a cadeia alimentar.
Além disso, a acidificação dos oceanos reduz a capacidade de absorção de CO2 da atmosfera, o que cria um ciclo prejudicial. O relatório destaca a interconexão entre os limites planetários, ressaltando que a integridade da biosfera está diretamente relacionada à acidificação dos oceanos.
Diante desse cenário, Caesar enfatiza a necessidade de ações coordenadas e abrangentes para reverter a situação de risco do suporte à vida na Terra. “Uma abordagem isolada não considera a interação dos componentes dos sistemas terrestres, que formam uma rede complexa na qual mudanças em uma área podem afetar outros setores”, afirmou a física.
Fonte: Gizmodo
Imagens: Gizmodo