Pesquisadores identificam um sintoma precoce do Alzheimer aos 40 anos
Doenças que afetam o cérebro são muito preocupantes, principalmente o mal de Alzheimer, uma enfermidade progressiva e incurável. Recentemente, pesquisadores da University College London (UCL) descobriram um sintoma específico da doença que pode surgir aos 40 anos, antes mesmo de quaisquer outros sinais.
Os especialistas realizaram testes de orientação usando capacetes de realidade virtual, e observaram que pessoas com maior risco de desenvolver demência apresentaram os piores resultados.
Sintoma precoce de Alzheimer aos 40 anos
De acordo com o estudo, o sinal inicial da doença pode ser a dificuldade em se orientar e compreender o espaço ao redor. Esses desafios de locomoção podem aparecer anos antes de outros sintomas do Alzheimer, possibilitando um diagnóstico mais precoce.
“Saber disso pode ajudar as pessoas a obterem um diagnóstico mais oportuno e preciso”, afirmou Coco Newton, autora do estudo e pesquisadora do Instituto de Neurociência Cognitiva da UCL.
“Um em cada três pessoas nascidas hoje terá demência. Os sintomas iniciais, muitas vezes sutis, podem passar despercebidos. No entanto, problemas de navegação são considerados como algumas das primeiras mudanças na doença de Alzheimer”, disse Richard Oakley, diretor associado de pesquisa e inovação na Sociedade de Alzheimer.
Ter um diagnóstico precoce da doença de Alzheimer é crucial, especialmente considerando os avanços em drogas anti-Alzheimer, como lecanemab e donanemab, que têm se mostrado eficazes na eliminação de aglomerados tóxicos no cérebro nas fases iniciais da doença.
Outros sinais a serem observados
Com base nessa descoberta, os pesquisadores da UCL agora estão empenhados em desenvolver uma ferramenta de diagnóstico para auxiliar na identificação precoce da doença. Embora cada indivíduo possa apresentar sintomas de forma diferente, problemas de memória, raciocínio e mudanças de humor são comuns e devem ser observados.
Segundo Oakley, mais pesquisas são necessárias para a criação de tecnologias diagnósticas, porém ele se mostra otimista quanto ao potencial das descobertas para auxiliar pacientes com Alzheimer no futuro.
Fonte: Catraca Livre