Como existir 1 século? Este é o procedimento de 4 fases que os especialistas desvendaram recentemente utilizando vocábulos semelhantes.

Em duas décadas, houve um aumento significativo no número de pessoas centenárias, praticamente quadruplicando. Descubra quais são os principais fatores que contribuem para alcançar os 100 anos de idade.

A expectativa de vida tem se estendido consideravelmente nas últimas épocas, graças aos avanços na tecnologia e na área da saúde. Mesmo assim, nem todos chegam aos 100 anos de idade. No entanto, é possível encontrar pessoas centenárias vivas, e quando isso acontece, é natural que surja a curiosidade em relação aos fatores que levaram a alcançar essa marca tão significativa.

O número de centenários cresceu de 151.000 em 2000 para 573.000 em 2021, indicando uma tendência de aumento na longevidade. Acredita-se que cada vez mais pessoas consigam atingir os 100 anos nos próximos anos.

Em geral, os indivíduos que chegam aos 100 anos são exemplos de envelhecimento saudável, apresentando menor incidência de doenças crônicas e mantendo independência em suas atividades diárias até uma idade avançada. Embora a genética desempenhe um papel importante na longevidade, mais de 60% do envelhecimento bem-sucedido está relacionado a fatores modificáveis.

Viver até os 100 anos


Instituto de longevidade

Nesse contexto, é compreensível o interesse em descobrir os fatores modificáveis que podem contribuir para atingir os 100 anos de idade. Um grupo de cientistas liderado por Zhaoli Dai-Keller e Perminder Sachdev, da Universidade de Sydney, realizou um estudo analisando o estilo de vida e os hábitos de saúde de centenários e quase centenários ao redor do mundo.

Como resultado, os pesquisadores identificaram quatro fatores-chave que acreditam ser fundamentais para alcançar os 100 anos de idade e desfrutar de uma longevidade extrema.

1 – Dieta variada e um consumo de sal controlado

A alimentação dos centenários e quase centenários era equilibrada e variada, com predominância de carboidratos, proteínas e gorduras em proporções específicas. Os alimentos consumidos incluíam arroz, trigo, frutas, vegetais, aves, peixes e legumes, com consumo moderado de carne vermelha. Além disso, o controle do consumo de sal foi destacado como importante, sendo que aqueles que preferiam uma dieta com baixa ingestão de sal apresentavam menor incidência de comprometimento da função física.

2 – Consumo menor de medicamentos

Embora os centenários não estejam imunes a doenças crônicas, costumam desenvolvê-las em idade mais avançada do que a média. No estudo, verificou-se que essas pessoas consumiam em média 4,6 medicamentos, com destaque para aqueles relacionados à pressão arterial e doenças cardíacas. É importante que a prescrição de medicamentos seja criteriosa e que os benefícios e riscos sejam devidamente informados ao paciente.

3 – Dormir bem

A qualidade e quantidade de sono estão diretamente ligadas à saúde, afetando o sistema imunológico, os hormônios do estresse e as funções cardiometabólicas. Manter uma rotina regular de sono, criar um ambiente propício, praticar exercícios e gerenciar o estresse são medidas que podem contribuir para uma boa noite de sono, reduzindo o risco de doenças crônicas e promovendo longevidade.

4 – Ambiente de convivência

Mais de 75% dos centenários e quase centenários analisados no estudo viviam em áreas rurais, seguindo um padrão observado em regiões conhecidas por sua longevidade, como Okinawa no Japão, Sardenha na Itália, a Península de Nicoya na Costa Rica e a ilha de Ikaria na Grécia. A relação entre viver até os 100 anos nessas regiões pode estar associada à qualidade de vida proporcionada pelo ambiente natural.

Fonte: Meteored

Imagens: Instituto de longevidade

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