A energia nuclear é uma alternativa energética viável em alguns países, no entanto, ainda gera polêmica. Para aproximar o público dessa opção, a China permitiu visitas públicas a usinas nucleares em todo o país.
A juntamente com a busca por alternativas energéticas mais sustentáveis, é importante que o público esteja ciente e confortável com as decisões tomadas pelos governos nesse sentido.
Em uma iniciativa inovadora, a China abriu a possibilidade de turismo em nove usinas nucleares em todo o país, visando obter apoio a essa forma de geração de energia.
China promove turismo em usinas nucleares
Recentemente, a China General Nuclear Power Corp (CGN) implementou um sistema de reservas online para facilitar o acesso dos turistas ao programa de turismo nuclear. Com isso, o país busca conscientizar as pessoas sobre a energia nuclear e questões como radiação e segurança.
O lançamento desse conceito de turismo nuclear ocorreu em uma usina na província de Fujian, em 7 de agosto. Os turistas tiveram a oportunidade de visitar os reatores CPR-1000 da usina de Ningde, assim como os jardins próximos.
Além disso, os visitantes puderam conhecer a usina de Fangchenggang, o primeiro projeto de energia nuclear na China Ocidental, situado na Região Autônoma de Guangxi Zhuang.
A agência chinesa espera que essa iniciativa impulsione o turismo local e fortaleça o apoio público ao setor de energia nuclear, especialmente agora que a China busca reduzir suas emissões até 2060.
“Não se trata apenas de uma atividade pública de divulgação científica, mas também de uma exploração importante no domínio do turismo nuclear.
Isto não só ajudará a aumentar a compreensão e a confiança do público na energia nuclear, como também contribuirá para o desenvolvimento de alta qualidade da indústria de energia nuclear do país.”
Disse Guo Xingang, porta-voz da CGN, durante o evento, de acordo com a Bloomberg.
O apoio da população é crucial, pois a China está construindo atualmente mais 30 reatores nucleares.
A demanda crescente por eletricidade na última década levou os serviços públicos chineses a aumentarem o desenvolvimento de diversas formas de produção de eletricidade, conforme a Administração de Informação sobre Energia dos Estados Unidos.