Metrópole esquecida no mar pode desvendar a criação da vida no planeta.

Pesquisadores realizaram uma importante coleta de amostras em uma cidade subaquática perdida, o que pode fornecer insights sobre a origem da vida na Terra.

Falar sobre a origem da vida na Terra é um tema complexo e desafiador. Vários estudos científicos foram conduzidos para tentar desvendar esse mistério, no entanto, nenhuma resposta definitiva foi encontrada até o momento. Mesmo assim, pesquisas continuam sendo realizadas para investigar a origem da vida em nosso planeta.

Há 24 anos, pesquisadores descobriram uma cidade subaquática no fundo do oceano Atlântico, caracterizada por enormes colunas de carbono. Conhecida como “cidade perdida”, esse local intrigante mantém formas de vida mesmo na ausência de oxigênio. Um novo estudo realizado nesse local pode fornecer informações sobre a origem da vida na Terra.

Essa cidade subaquática é única em nosso planeta devido às reações do manto ascendente com a água do mar, resultando na liberação de hidrogênio, metano e outros gases dissolvidos no oceano.

A “cidade perdida” abriga diversos crustáceos e caracóis, além de animais maiores, como caranguejos, em menor quantidade.

Cidade perdida e origem da vida na Terra


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De acordo com um estudo recente publicado na revista Science, uma equipe de pesquisadores coletou uma quantidade significativa de material do fundo do oceano, alcançando profundidades nunca antes exploradas. Essa é a primeira vez que a “cidade perdida” é observada de tão perto.

“Agora dispomos de um tesouro em forma de rochas que nos permitirá analisar de forma sistemática os processos que muitos acreditam estarem relacionados à origem da vida no planeta”, afirmou Frier Klein, membro da equipe de pesquisa.

A cidade subaquática é cercada por fendas vulcânicas e fontes termais que liberam minerais nas colunas. Segundo as teorias dos cientistas, “as reações geoquímicas desencadeadas pelas fontes termais ou pelas rochas subjacentes bilhões de anos atrás podem ter dado origem à vida na Terra”.

Durante a coleta de amostras, a equipe extraiu um cilindro de rocha, conhecido como amostra de núcleo, com 1.268 metros de comprimento, tornando-se a maior amostra já obtida do manto terrestre.

“Nos impressionou a facilidade com que as amostras rochosas foram recuperadas. Elas tendem a se fragmentar facilmente, o que dificulta a perfuração. Era como estar em uma loja de doces, observando núcleos após núcleos emergindo”, explicou Lissenberg.

Além de suas peculiaridades, essa formação geológica pode fornecer insights sobre a possibilidade de existência de vida em outros planetas no passado, mesmo na ausência de oxigênio. O microbiologista William Brazelton afirmou: “Este é um exemplo de ecossistema que pode estar ativo em Encélado ou Europa neste momento”.

“A recuperação quase contínua dessas amostras oferece uma oportunidade única de obter um inventário abrangente e quantitativo do manto superior em termos de litologia, mineralogia, estrutura e alteração”, concluiu Klein.

Fonte: Olhar digital

Imagens: Olhar digital

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