Conheça os perigos das mordidas de aranha.

Mozart Soares de Souza enfrenta a possibilidade de amputação do pé devido a uma picada de aranha-marrom.

As aranhas são seres que provocam desconforto em muitas pessoas. Embora não sejam maiores que os seres humanos, não possuam presas letais e nem sempre sejam venenosas, conseguem despertar repulsa semelhante a baratas e representar ameaça como cobras. O medo causado por esses insetos afeta grande parte da população. Uma picada de aranha pode acarretar diversas consequências.

Um exemplo dessa realidade é o fisioterapeuta esportivo de 72 anos, conhecido como “o gordo mais rápido do Brasil”, Mozart Soares de Souza. Em 2011, ele foi picado por uma aranha-marrom no Paraná e desde então enfrenta o risco de amputação do pé devido aos efeitos da picada.

Caso


Metrópoles

Esse caso ganhou destaque depois que Mozart fez um apelo por doações para custear seu tratamento médico. A repercussão serve como alerta para os perigos de uma picada de aranha.

De acordo com um estudo divulgado pelo Ministério da Saúde em 2022, estima-se que a cada cinco anos ocorram 160 mil casos de acidentes com aranhas peçonhentas no Brasil. É importante ressaltar que, embora muitos não considerem, as aranhas são consideradas o terceiro tipo de animal mais perigoso, atrás apenas de cobras e escorpiões.

Destes casos, um em cada quatro acontece no Paraná, onde a incidência de espécies perigosas é maior. Metade dos casos está concentrada na região sul do país, sendo que, no ano passado, 39 pessoas faleceram após serem picadas por aranhas no Brasil.

No Brasil, há três tipos de aranhas capazes de causar acidentes graves e até fatais: as aranhas-marrom, as aranhas-armadeiras e as viúvas-negras.

O que fazer após uma picada de aranha?


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Dada a situação de Mozart, muitas pessoas se questionam sobre as medidas a serem tomadas após uma picada. A maioria das picadas de aranha ocorre nos pés ou nas mãos. O veneno pode causar deterioração do tecido muscular, sendo necessário, em algumas situações, amputar a área afetada. Em casos mais graves, há risco de óbito.

Felizmente, os soros necessários estão disponíveis gratuitamente em hospitais públicos e privados. Para que o soro correto seja administrado, o Instituto Butantan recomenda que a pessoa fotografe a aranha ou a capture, de modo que os profissionais possam identificar a espécie.

É crucial que, mesmo na ausência de dor após a picada, a pessoa busque atendimento médico, pois a lesão pode se agravar. Além disso, atitudes populares, como sugar o veneno, fazer torniquetes ou cobrir o local afetado, não são eficazes.

“O ideal é lavar o local com água e sabão e procurar assistência médica imediatamente. A maioria dos casos é leve e pode ser tratada com analgésicos e antialérgicos, mas a avaliação médica é sempre essencial”, afirmou o cirurgião Trajano Sardenberg.

Fonte: Metrópoles

Imagens: Metrópoles, NAV

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