Nos últimos 15 anos, este foguetão tem resistido à dura realidade do espaço, enfrentando radiação espacial, partículas de alta energia, variações de temperatura, campos magnéticos e radiação cósmica. Surpreendentemente, apesar de fazer parte do lixo espacial e ter o tamanho aproximado de um autocarro urbano, o foguetão parece estar em excelente estado.
O espaço não foi tão implacável com este velho foguetão
Com mais de 11 metros de comprimento e cerca de três toneladas, este foguetão foi lançado ao espaço e deixado a flutuar ao redor da Terra por mais de uma década. Atualmente, o Japão está empenhado em desenvolver soluções para remover o lixo espacial, como parte da missão Active Debris Removal by Astroscale-Japan.
Uma sonda japonesa foi capaz de localizar e seguir a fase de um foguetão defunto, fornecendo informações valiosas sobre o estado do objeto.
Existem atualmente mais de 25.000 objetos em órbita ao redor da Terra, criando um desafio significativo em termos de gerenciamento de lixo espacial. A missão da Astroscale-Japão busca enfrentar essa questão de frente.
“O ADRAS-J fotografou a fase superior de um foguetão H-IIA a uma distância de várias centenas de metros e depois afastou-se. Esta foi a primeira imagem divulgada publicamente de detritos espaciais capturados a partir de outra nave espacial utilizando operações de encontro e proximidade.” – Ars Technica.
Apesar dos desafios, a equipe conseguiu observar o foguetão de perto e constatou que, surpreendentemente, o revestimento exterior estava praticamente intacto, mantendo-se em boas condições ao longo dos anos.
Além de avaliar o estado físico do foguetão, os pesquisadores monitoraram seu comportamento no espaço, observando sua taxa de rotação e velocidade. Essas informações serão cruciais para futuras missões de limpeza orbital.
Eliminar o lixo espacial será um desafio complexo que exigirá colaboração internacional. Agências espaciais de diversos países já estão desenvolvendo propostas de missões para limpar o espaço nos próximos anos.