Físicos querem testar se vivemos em uma simulação tecnológica usando equivalentes

Teoria de que vivemos em uma simulação computacional é colocada à prova por experimentos criados por físicos

O mundo real muitas vezes nos parece como se fosse apenas uma ficção. Alguns indivíduos acreditam firmemente que estamos vivendo em uma simulação computacional. Segundo essa crença, nós, seres humanos e tudo ao nosso redor, fazemos parte de um programa de computador ou algo semelhante, como visto no filme Matrix.

Como podemos saber se o que estamos presenciando neste exato momento é real? Alguns responderiam que algo é verdadeiro quando se vê ou sente, mas e se houver algo além disso?

Uma equipe de físicos está realizando uma série de testes para investigar se a realidade que experimentamos é, de fato, uma simulação computacional.

Estudo

Experimento de dupla fenda

Fonte: Olhar digital

No nível quântico, a realidade em que vivemos se torna enigmática. Um dos experimentos mais intrigantes é o chamado “padrão de dupla fenda”, desafiando os físicos há cerca de 100 anos.

Esse experimento, fundamental para o novo estudo dos físicos, envolve a passagem de luz ou partículas por duas aberturas estreitas, criando um padrão de interferência, como se as partículas se comportassem como ondas.

Independentemente se são fótons, elétrons ou até moléculas, o padrão de interferência ocorre mesmo quando as partículas são enviadas uma de cada vez. Isso sugere que uma única partícula pode passar pelas duas fendas ao mesmo tempo, colapsando somente quando é observada.

A complexidade aumenta quando detectores são usados para identificar por qual fenda a partícula passou. Nesse caso, o padrão de interferência desaparece, levantando várias interpretações, como a “interpretação de muitos mundos” e a “teoria da onda piloto”.

Muitos físicos consideram a mecânica quântica a melhor compreensão do mundo subatômico. Há debates sobre se há uma explicação física ainda não descoberta para o comportamento das partículas. Com resultados estranhos nos experimentos quânticos frequentemente mal interpretados, as especulações continuam alimentadas.

Vivemos em uma simulação computacional?

Simulação computacional

Fonte: Olhar digital

O pensamento de vivermos em uma simulação computacional é uma teoria controversa, mas se confirmada, indicaria que o universo que percebemos é apenas uma reprodução computacional.

Em 2017, um grupo de físicos propôs métodos para testar essa teoria. Segundo eles, se o universo for uma simulação, os recursos seriam restritos e renderizariam apenas as partes observadas, semelhante a um videogame que processa somente o que está na tela.

Para verificar se vivemos em uma simulação computacional, os físicos propuseram analisar como a informação se torna disponível para nós. A simulação só renderizaria a realidade no momento da observação para economizar recursos. Isso resultaria em inconsistências ou falhas na simulação, detectáveis pelos experimentos.

Liderados por Thomas Campbell, ex-cientista da NASA, os físicos propuseram duas abordagens para testar se vivemos em uma simulação. A primeira é observar o momento da “renderização” da realidade, e a segunda é explorar conflitos lógicos que possam indicar falhas na simulação.

Um dos experimentos propostos consiste em coletar dados sobre a direção das partículas e padrões na tela em unidades USB, que são destruídas aleatoriamente sem serem visualizadas. Se o padrão de interferência aparecer somente quando a unidade correspondente for destruída, indicaria que a realidade foi renderizada no momento da observação.

Além desse experimento, há outros mais complexos em andamento. A fim de financiá-los, os físicos realizaram uma campanha de crowdfunding em parceria com a Universidade Politécnica do Estado da Califórnia (CalPoly), em Pomona, e uma universidade canadense não divulgada.

Segundo Campbell, “a consciência não é produto da simulação, mas fundamental para a realidade. Experimentos bem-sucedidos desafiarão nossa compreensão convencional da realidade e revelarão novas conexões entre consciência e o cosmos”.

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