As temperaturas na região da Patagônia estão em queda e o frio intenso está causando impactos severos, como o congelamento de animais e a interrupção de acessos em toda a área.
Impacto do frio extremo na Patagônia
Recentemente, a região da Patagônia passou por uma onda de frio extremo, a segunda em três meses. Embora não haja relação direta com o aquecimento global, as consequências foram significativas.
As temperaturas atingiram -15°C, algo considerado atípico para a região. Este frio intenso resultou no congelamento de animais, como patos nos lagos e ovelhas na neve, tornando necessário o auxílio de grupos militares locais para fornecer alimentos.
A Agência Meteorológica Nacional da Argentina emitiu um alerta meteorológico amarelo para a região devido ao risco de ferimentos e interrupções nas atividades cotidianas.
O meteorologista Raúl Cordero da Universidade de Santiago do Chile alertou que essa onda de frio poderia se prolongar ao longo do inverno, com possibilidade de se repetir.
Causas do frio extremo na Patagônia
O frio extremo na Patagônia e na América Latina ocorre devido ao ar frio vindo da Antártida. Esse ar é puxado para o norte devido à alta pressão no extremo sul do continente, enfraquecendo o vórtice polar que normalmente retém o ar frio na Antártida.
Essa combinação de fatores resulta em massas de ar quente se chocando com as temperaturas frias, provocando ondas de frio extremo na região.
Impacto global do frio extremo na Patagônia
De acordo com Cordero, o frio na Patagônia não deve ter um grande impacto no clima global. Pelo contrário, as mudanças climáticas podem contribuir para a intensificação de massas de ar frio no hemisfério Sul.
Apesar das baixas temperaturas na região, é importante ressaltar que a alta atmosfera da Antártida está apresentando temperaturas mais altas, e outras regiões, como Austrália e Nova Zelândia, também podem ser afetadas por ondas de frio extremo.
Influência das mudanças climáticas
Estudos apontam que o aquecimento no Ártico pode desempenhar um papel na ocorrência de invernos rigorosos, contribuindo para a intensificação de massas de ar frio em outras regiões.
Apesar da discordância entre os cientistas, é consenso que eventos climáticos extremos tendem a se tornar mais frequentes devido às mudanças climáticas globais.
Conclusão
Mesmo diante do frio extremo na Patagônia e em outras regiões, é fundamental compreender que esses eventos são reflexos das alterações ambientais e não negam a realidade do aquecimento global. Com o aumento das temperaturas médias, é esperado que eventos extremos se tornem mais frequentes em todo o mundo.
Fonte: Revista Planeta